sábado, 9 de junho de 2012

ADMIRO REESCRITO

Admiro o que tem dentro da sua cabeça, mas admiro mais o que não tem. Olho seu raciocínio, sua inteligência e sua transparência de sobrancelha na sobrancelha. Mas não posso desdizer que primeiro admirei suas coxas grossas e bem torneadas que flutuam desenhando contornos arredondados de mulher com sabor. Admiro seus seios esboçados no biquíni que me abraçam com os bicos quando eu escorrego as mãos por sua cintura com gosto de mar. Admiro sua sagacidade, complexidade e riqueza de raciocínio capaz de fazer piadas freqüentes que miram sem nenhum pudor personagens marginais da nossa história. Contemplo seus conhecimentos e princípios, além de admirar a silhueta da sua sombra que dança contra o sol que rola para afundar num colchão de nuvens tenras, no ritmo delicioso do seu caminhar. Adoro suas filosofias intricadas e as de botequim, e principalmente aquelas que falam de mãos, bocas, toques, seduções e volúpias. Dedos, línguas e pêlos. Venero sua forma de lidar com adversidades, suas forças e fraquezas, que a concebem cada instante única e imprecisa. Contemplo seus olhos quentes, quase perversos, e a visão que eles ofertam para dentro das partes mais gostosas do seu corpo, flutuando com as pontas dos dedos as tuas curvas, que ficam cada vez mais arrepiantes, quando o vento das minhas palmas voa pela janela correta. Adoro seu abraço colado de corpo e o toque quente da sua pele eriçada na minha. Admiro você inteira, de ponta a ponta, de um rim a outro, exatamente como você é, assim, desse jeito.

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